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Pais de autistas reivindicam na Câmara uma clínica-escola com atendimento especializado

A presidente da Associação de Pais do Espectro Autista de Ubatuba (APEAU), Elisa Santos Gomes Araújo, subiu à tribuna popular na sessão ordinária do dia 9 de abril para reivindicar, em nome dos pais, a implantação de uma clínica-escola do autista em Ubatuba possibilitando avaliação multiprofissional que abarque todas as esferas de sintomas de cada paciente.

Ela informou que a associação já vem fazendo essa reivindicação há cinco anos e “desde que começamos,  temos sentido grande a falta de atendimento especializado ou um colégio adaptado às necessidades deles”. Ubatuba conta, hoje com cerca de 300 portadores do espectro.

Tomando por base o “Protocolo do Estado de São Paulo para o tratamento do paciente com espectro autismo”, Elisa elencou o que ela considera avaliação multiprofissional: “é necessário a presença nesse tipo de clínica-escola de psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista e neuro, mas a cidade não oferece esse tipo de atendimento com qualidade”. Hoje Ubatuba só oferece o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Unidade de Reabilitação (UNIR), essa paralisada há dois meses por falta de local de atendimento.

Depois de exibir um vídeo com depoimento de vários pais e mães relatando a falta de atendimento para os filhos com Espectro Autista, Elisa detalhou:  “No CAPS não tem profissionais e na UNIR seguem um protocolo de atendimento em que à partir de uma certa idade eles ganham alta e a instituição opta por atender casos mais graves. Não é errado, mas dizem que os autistas não irão morrer se derem prioridade para outros casos. Eu concordo que não irão morrer, mas olha aqui quantas famílias estão morrendo angustiadas pela falta de atendimento, de perspectiva e de previsão de atendimento.”

Elisa entregou a cada vereador um relatório sobre o protocolo e o projeto da escola. O Presidente da Câmara, Vereador Silvinho Brandão (PSDB), solicitou que a presidente da APEAU passasse mais detalhes sobre essas reivindicações para que seja elaborado um documento solicitando os serviços pedidos.

Vereadores – Vários vereadores pronunciaram-se sobre as reivindicações tendo Reginaldo Bibi (MDB) lembrado que ele é o autor de dois projetos de leis voltados ao tema do autista, criando uma Semana do Direito à Educação Inclusiva e outra Semana de Apoio e Tratamento dos Portadores de Espectro Autista. Ele ressaltou no entanto, que “não adianta criar leis se elas não são colocadas em prática. Houve promessa e espero que o Prefeito Municipal ponha empenho na contratação desses profissionais, que a Saúde se empenhe e acredito que o Governo vá trabalhar nesse sentido”.

O Vereador Ricardo Côrtes (PSC) diz que “não tenho dúvida de que é super necessário que a gente invista nessas crianças porque dá resultado, resultados bons pra toda sociedade. São pessoas de poder econômico variável. A UNIR faz dois  meses que não funciona porque não tem espaço.

O Vereador Adão Pereira (PCdoB) propõe que se faça um documento para pedir apoio para a Secretaria de Saúde do Estado, já que o município não possui recurso para tal.

O Vereador Júnior JR (PODEMOS) revela que “nosso centro de equoterapia já está em fase avançada de implantação, mas vimos o prefeito dizendo que não conseguiria trazer pra cá uma clínica-escola. Sato no entanto comprometeu-se a trazer fono e terapeuta ocupacional.

O Vereador Rochinha do Basquete (PTB) lembra que esteve em São Paulo recentemente buscando recursos com os Deputados Ricardo Izar e Campos Machado para oferecer apoio aos deficientes e se dispõe a acompanhar o caso.

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