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O plenário da Câmara acolheu na quarta-feira (24/04), palestra de professores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) vinculados ao Instituo Handy, de Taubaté, especializados em inclusão comunicacional de surdos, multiplicadores de metodologia própria nessa área.
O workshop foi coordenado pela Professora Aline Amorin de Oliveira, uma das diretoras do instituto para quem a Língua Brasileira de Sinais é conquista da comunidade surda em sua luta pela comunicação.
Ela entende que “a gente só vai praticar inclusão na sociedade a partir do momento em que a sociedade se modifica pra ser inclusiva e a pessoa surda se modifica também para ser inclusa. É diferente de integração mas, segundo ela, infelizmente ainda tem muita visão assistencialista. A luta é para que possamos promover a efetiva inclusão entre surdos e ouvintes”.
Ela explicou que “aprender Libras é muito mais do que gesticular ou fazer sinais. Libras é de fato uma língua, possui toda estrutura e especificidade gramatical, tem suas regras trabalhando várias habilidades cerebrais. Mas ela não é universal, tem até seus regionalismos, sotaques e cada país tem sua língua específica. Os sinais mudam de região para região”.
O instituto busca formar pessoas capacitadas para tornarem-se mensageiros, tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais para um amplo mercado de trabalho aberto e sem profissionais especializados.
No evento apresentou-se, por exemplo, uma dentista acessível, ou seja, ela está capacitada para atender este público específico, que são os surdos. Mas Magali, a dentista, é uma exceção no amplo universo de profissionais ou serviços.
Fundado em 2015, o instituto oferece até de pós-graduação em Libras, além de cursos de curta duração onde são passadas noções do que é Libras, o alfabeto e números, cumprimentos e saudações, intensidade de sentimentos, classificadores, expressões faciais e corporais, dias da semana e meses do ano, entre outras informações.
