Reivindicações para posto do Puruba são ignoradas pelo Executivo e outras unidades pedem atenção
Problemas na gestão e na estrutura dos postos de saúde de Ubatuba geraram questionamentos na 26ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada nesta terça-feira (31/08). O debate iniciou-se a partir do Pedido de Informação nº. 21/21, do Ver. Junior “JR” – Podemos, sobre reivindicações para o Posto de Saúde do Puruba em reunião realizada no dia 09/05/2021.
A unidade, que sofre com problemas de alagamento e falta de água, solicita reforma no telhado e criação de poço artesiano, dentre outros serviços. No encontro entre o vereador e gestores da saúde em 9 de maio, a secretária adjunta da Saúde havia se comprometido a tomar providências e responder as propostas dentro de 30 dias. Mas, 120 dias após a reunião, o parlamentar não obteve qualquer retorno.
“O Posto de Saúde do Puruba é uma referência, mas quando chove ou falta água, eles são obrigados a fechar e a população fica desamparada. A senhora Tatiana Mansur, nos prometeu uma devolutiva em 30 dias, mas até agora nenhuma satisfação. Isso é um descaso para com população e com as pessoas que trabalham lá todos os dias, colegas de profissão da secretária. A solicitação de um poço artesiano não custa mais de 3 mil reais”, enfatizou Júnior JR, propositor do pedido.
Insatisfações – Diante disso, outros vereadores dividiram insatisfações com a rede de saúde do município. Eugênio Zwibelberg – PSL, destacou a situação da Unidade Básica de Saúde Cícero Gomes e do Posto de Atendimento do Ipiranguinha. “A UBS Cícero Gomes, um posto novo em comparação aos outros, está em péssimas condições, com infiltrações, teto embolorado, além da falta de utensílios de higiene. O recém-reformado PA do Ipiranguinha está com os vasos sanitários colados uns aos outros, sem uma divisória sequer. Isso é um absurdo, vou continuar fiscalizando e estou preparando documentos para cobrar uma postura da Secretaria de Saúde”, declarou o vereador.
O vereador Rogério Frediani – PL criticou a precarização do posto da Maranduba e convidou os munícipes a prestar queixas. “Estive no PA da Maranduba junto aos vereadores D’Menor e Osmar, e com nossas próprias mãos solucionamos um problema na bóia na caixa d’água do posto, algo crônico que foi resolvido de forma simples. Além disso, a unidade está com atraso de insumos. É notório o abandono e a falta de sensibilidade com a saúde do município, nós estamos aqui cobrando melhorias e os gabinetes estão abertos para ouvir as reivindicações do povo”, afirmou Frediani.
O Posto de Saúde do Sertão da Quina, também na Região Sul da cidade, foi citado pelo vereador Josué D’Menor – Avante. “A unidade do Sertão da Quina está há mais de quatro meses sem médico, com atendimento uma vez por semana. Fizeram uma maquiagem para tentar enganar o povo, mas vai chegar o momento que não vai ter médico para atender e o posto vai fechar. Vou continuar brigando para trazer um médico para lá, de segunda a sexta-feira”, disse.
Osmar de Souza – Republicanos, complementou dizendo que já foi cobrado providências: “O médico que atende na Lagoinha vai passar a atender três vezes por semana no Sertão da Quina, a partir da segunda quinzena de setembro. Não é o suficiente, mas é um começo”, afirmou o vereador.
Problemas de infraestrutura e falta de equipamentos de trabalho também foram relatados nos postos de saúde da Praia Dura, Corcovado e Fortaleza, em visita dos vereadores Vantuil Ita – Cidadania e Edelson Fernandes – PSC.
A discussão terminou com um apelo do vereador e ex-servidor da saúde, Jorge Ribeiro – PV: “Muitos agentes da saúde nos procuram pedindo socorro, pedindo uma unidade digna para trabalhar e atender os pacientes. É muito importante fortalecer a atenção básica de saúde, porque senão vamos precisar não só de um hospital e sim de vários. Peço ao executivo que chame uma reunião em caráter de urgência e coloque todos os atores de frente um para o outro, aí acharemos onde está o problema. Aproveito para parabenizar aqueles que estão na ponta fazendo o possível para uma saúde melhor para a população”, finalizou o Presidente da Mesa.
Texto de Helena Maeda, estagiária no setor de Comunicação