Atualmente a feira acontece apenas aos sábados num único local e feirantes querem descentralizar para não perder produtos
Por unanimidade, vereadores aprovaram na 30ª sessão do ano projeto nº 45/21 de autoria do vereador Eugênio Zwibelberg (PSL) que institui no Município de Ubatuba, o programa “Feira Livre nos bairros” visando a incentivar a produção local bem como a comercialização de produtos de qualidade diretamente ao consumidor em bairros mais distantes do centro.
A feira livre de Ubatuba hoje é realizada apenas aos sábados na conhecida Praça BIP, entre as ruas Dona Maria Alves e Antônio Marques do Vale e os feirantes reclamam que eles trabalham com produtos perecíveis. Se não vendem aos sábados, muita coisa acaba se estragando, é prejuízo.
O programa se desenvolverá de forma facultativa nos bairros ou condomínios fechados se assim decidirem os moradores em assembleias condominial. Os bairros onde ocorrerão o programa serão definidos por representantes do Executivo e dos feirantes devidamente cadastrados.
O vereador proponente explica que “a proposta visa a fomentar geração de oportunidade de trabalho no Município. Todo sábado estou em contato com os feirantes na praça Vip e converso com eles. Falam que trabalham com produtos perecíveis e por isso fizeram o pedido para que possam comercializar em outros bairros”.
Dentro de condomínios- O vereador diz que já morou em São Paulo e lá as feiras são realizadas também dentro de condomínios. “Por isso trouxe essa oportunidade para cá também. Basta os condôminos decidirem em assembleia”, esclareceu.
Zwibelberg explica que “moradores da região Sul têm que vir até o Centro para fazer feira. Se levar a oportunidade para os bairros mais distantes como Maranduba, Tabatinga, Lázaro ou Perequê Açu abre oportunidade para que os produtos não se percam e abre frente nova para que produtores possam comercializar. Na região Sul tem moradores lá que são também produtores mas eles não vem na feira por ser distante. A produção de gengibre por exemplo. É incentivo.”
O vereador Rogério Frediani (PL) diz que “o projeto é excelente porque democratiza o processo da distribuição. Sei que o senhor trabalha também pela cobertura da praça Vip. Eu proponho que ali vire um Mercadão e as feiras sejam descentralizadas, todos os dias. Todos que moramos nas outras regiões sabemos das dificuldades de se comprar, sair da Região Sul e vir aqui fazer feira”.
Cobertura da praça BIP – Eugênio Zwibelberg diz que “tem lutado diuturnamente para recobrir a feira, gerando um pouco mais de comodidade. Muitos feirantes chegam na sexta feira a tarde e passam a madrugada expostos às intempéries, sem um mínimo de conforto. A falta de cobertura também afeta quem vai lá fazer a compra. Ali havia, sanitários, banheiros hoje desativados, virando abrigo pra moradores de rua e usuários de droga. É outro problema que precisamos discutir”, enfatiza.
Para o advogado, “o Município alega que não tem recursos da fonte 1 para fazer a cobertura, então buscamos emendas. Sou a favor de um Mercadão ali mas o problema agora é a cobertura. Eu consegui uma emenda para formalizar projeto de reforma da feira, com reinstalação de banheiros, um depósito para guardar equipamentos e instalar ali a Secretaria de Agricultura, Pesca e Abastecimento, o que possibilitaria levar para lá vigias, evitando as ocupações”.
O vereador Júnior Jr. sugeriu que o Executivo negocie com os proprietários do espaço conhecido como Feira Hippie, que vai mudar-se no dia 28 de outubro para outro ponto, que eles cedam as lonas de cobertura para trazer para a Praça BIP.
“Eu pensei que tendo em vista que o pessoal da Feira Hippie está saindo dali e indo para outro espaço, porque não conversar com o Executivo e aproveitar aquela lona e trazer pra cá para cobrir a feira VIP. As barracas vão mudar dia 28 de outubro, prefeita vai fazer a entrega do novo espaço, agora realmente adequado. Então é pegar aquelas lonas e trazer para a praça VIP para que se comece a dar melhores condições aos feirantes”, sugeriu Junior.
Zwibelberg diz que é ótima a ideia. “A lona não cobriria toda a praça que tem cerca de 5 mil m2 mas atenderia pelo menos metade mas já adiantaria”, concluiu. O projeto foi aprovado por unanimidade.