Professor cobra da Tribuna Popular ordenamento e fiscalização eficiente na orla local
Ocupando a Tribuna Popular, o professor Janos K. Szenczi, fez uma comparação entre a Praia Grande de Ubatuba, referência nacional, e Copacabana no Rio de Janeiro, uma referência internacional, cobrando questões de ordenamento e fiscalizações da praia local.
Janos começou citando as diferenças em relação aos quiosques mostrando que, enquanto no Rio de Janeiro eles são patrocinados por uma marca de cerveja que obriga a padronização, em Ubatuba eles competem entre si no tamanho, é concorrência. As mesas em Copacabana ficam no calçadão. Não há mesas na praia. Já em Ubatuba, todos sabemos como é.”
Faixa de areia livre de cadeiras. Quiosques ficam no calçadão e são padronizados
Ele diz que por aqui “a fiscalização simplesmente acabou e ai envolve os ambulantes. Até prefeito Sato, antes Eduardo César, saiam duas ou três vans de fiscalização. Hoje não vemos mais isso. O ambulante ilegal que vem de outra cidade, leva o dinheiro embora, continuam agindo livremente e estão tirando nosso emprego”, enfatizou o professor.
Depois, questionou a liberalização sem controle de equipamentos (carrinhos) que cozinham na praia perguntando: “quantos bujões de gás existem na Praia Grande? Vamos esperar passar na Vanguarda pessoa morrendo queimada com a explosão de um bujão. Está faltando concurso para novos fiscais, muitos estão para se aposentar. E hoje não falei dos moradores de rua que fixam assento alina Praia Grande”, concluiu.
CONVENIO PARA ORDENAMENTO – O presidente da Mesa, vereador Zwibelberg comentando a fala de Janos lembrou que “tudo isso que o professor falou se resume em uma única palavras: organização. O Municipio de Ubatuba precisa de organização, trata-se de falta de ordenamento em Ubatuba. O Municipio fez em 2006 um convênio com o Serviço do Patrimônio da União (SPU) quando se autorizou o Executivo a fazer a gestão das orlas do Município, das praias, dentre elas a Praia Grande, mencionada pelo senhor. E o Municipio teria então essa possibilidade jurídica de fazer o ordenamento”, lembrou.
“Mas para isso tem que ter um diálogo com os quiosqueiros, com a Associação dos Ambulantes, que são pessoas que estão ali trablahando há anos”, prosseguiu Zwibelberg. O problema da concorrência desleal mencionada (ilegais vindos de fora), ela permanece não por conta dos ambulantes que estão ali licenciados mas em função dos que vem de fora para ficar dois ou três meses.
O vereador concluiu: “e, falando em trabalho, por outro lado, ainda estamos patinando na formação dos nossos jovens, tendo que mandar os filhos estudar em fora. Precisamos avançar nesse quesito. Precisamos trazer para cá, fábricas, pequenas industrias. Temos a limitação ambiental mas precisamos criar também empregos dignos”.