Pesquisar
Close this search box.
Início » A História de Ubatuba
Câmara municipal de Ubatuba

A História

Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, 384 anos de emancipação político-administrativa, conhecida como ‘A Capital do Surf’, foi fundada em 28 de outubro de 1.638, por provisão do governador Geral de Salvador Correia de Sá e Benevides, quando criou-se a Vila de Ubatuba, sob o preconício da Exaltação à Santa Cruz. Em 1.728 foi à vila canonicamente erigida em freguesias e, no século XIX, no dia 13 de março de 1.855 foi elevada à categoria de cidade.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contagem estimativa de 2011 foi de 92.980 habitantes. O território municipal ocupa 708.105 km², 83% dos quais localizados no Parque Estadual da Serra do Mar. A densidade demográfica de 131.31 hab/km². A cidade é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias balneárias, por cumprir determinados requisitos definidos por lei estadual, o que garante aos mesmos uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional.

Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial, quanto pelas referências estaduais. Seu nome tem origem tupi e há pelo menos duas interpretações. Em tupi, ubá significa canoa, enquanto u’ubá significa cana-do-rio, uma gramínea que era utilizada na confecção de flechas pelos índios. Como tyba indica “ajuntamento”, o nome da cidade pode significar tanto “ajuntamento de canas-do-rio” quanto “ajuntamento de canoas”. Ubatuba está localizada ao Litoral Norte do Estado de São Paulo, distante 250 km da capital. Limita-se ao norte com Paraty (Rio de Janeiro), ao sul com Caraguatatuba, a oeste com Cunha, São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra, e a leste com o oceano Atlântico, achando-se na latitude 23°26’21”,45. A cidade é cortada pelo Trópico de Capricórnio que a atravessa e passa em frente à pista do aeroporto local. Ubatuba é cercada pela Serra do Mar (Mata Atlântica). Quase 83% do território da cidade consiste em áreas de preservação.

O Parque Estadual da Serra do Mar, criado para proteger e preservar a mata atlântica da cidade, tem três núcleos: Cunha-Indaiá, Santa Virgínia e Picinguaba. Além disso, o município possui uma sede do Projeto TAMAR, destinada à conservação das espécies de tartarugas-marinhas do litoral brasileiro. A cidade possui mais de 102 praias, dentre elas, as mais conhecidas são: Maranduba, Itamambuca, Lázaro, Vermelha, Grande, Enseada, Perequê-Açu e Saco da Ribeira e 35 cachoeiras. Além disso, o município possui algumas ilhas, como a das Couves e a Anchieta. Esta última possui presídio desativado, desde 1952, que, no passado, foi utilizado para manter presos políticos; ela pode ser acessada a partir do Saco da Ribeira.

Ubatuba, muito conhecida por suas belezas naturais, também foi palco de momentos marcantes da história brasileira. Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios do planalto até a chegada dos portugueses e franceses, que tentaram dominá-los, com o intuito de assegurar a posse da terra. Os Tupinambás e Tupiniquins se organizaram formando a ‘Confederação dos Tamoios’ e passaram a enfrentar os portugueses. Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega chegaram à região com a missão de pacificá-los. Na ocasião, Anchieta tornou-se prisioneiro dos mesmos, permanecendo aqui por quatro meses.

Enquanto isso, o padre Manoel da Nóbrega voltava a São Vicente para finalizar o tratado denominado ‘Paz de Iperoig’, que seria firmado em 14 de setembro de 1563. Foi nessa época que Anchieta escreveu o Poema à Virgem na praia de Iperoig, constituído de 5.732 versos. Passados alguns anos, o governador-geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tornou providências para colonizar a região, tendo enviado os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa. O povoado conseguiu sua emancipação político-administrativa e foi elevado à categoria de vila em 28/10/1637, com o nome de Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albernaz Homem da Costa.

Os povoadores se instalaram ao longo da costa, utilizando o mar como meio de transporte. Todavia, com o surgimento da economia do ouro, a região do Litoral Norte se transformou em produtora de aguardente e açúcar para o abastecimento das áreas de Minas Gerais que experimentava um novo surto de progresso. O povoado de Ubatuba deixou de ter apenas a agricultura de subsistência, passando a uma agricultura comercial que incluía, além da aguardente e açúcar, fumo, anil e produção de peixe salgado.

O brasão de Ubatuba

A cruz, peça honrosa de primeiríssima ordem, que alteia no escudo e se apresenta com esplendor de ouro, consagra o seu orado e lembra o nome que lhe foi dado pelo seu fundador, Jordão Homem da Costa, depois de afastados os selvagens tamoios, oficialmente legalizados, Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.

Em memória, diz Eugênio Egas, de haver a cruz empunhada pelos missionários José de Anchieta e outros. Ubatuba, palavra de origem indígena, significando sítio abundante de ubás (caniços silvestres) é lembrada pelos dois caniços, cruzados ao pé da cruz. Finalmente, a canoa com cinco remadores navegando no mar, rememora a atividade dos indígenas estabelecidos nesta região. Os 5 remadores são: Cunhambebe, Aimberê, Pindabuçu,  Coaquira e Araraí. Eles eram chefes da 5 tribos Tupinambá que formaram a Confederação dos Tamoio. Serve de timbre ao escudo, a coroa mural de ouro convencionalmente adotada para caracterizar as armas dos municípios e cidades. Posteriormente, o brasão sofreu várias modificações baseadas na Lei nº. 4/1957.
Foi feita a revisão pelo heraldista Salvador.

 

Thaumaturgo que sofreu a seguinte modificação:

a) o escudo francês foi substituído pelo português;
b) a Cruz perdeu o resplendor de ouro e, do pé, foram suprimidos os dois ramos de ubá em aspas brocantes de verde;
c) como ornamento foi acrescentado um listel de prata com as indicações: 1637 – Ubatuba – 1855;
d) acrescentou como suporte dois ramos de ubás, floridos, ao natural. A primeira data (1637) indicava o ano de elevação da Vila da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba e a segunda 1855, a data de elevação a comarca.
A segunda modificação se deu em 1967, instituída pela Lei nº. 120, de 25 de agosto de 1967.

O heraldista Alcindo Antônio Peixoto de Faria fez a revisão do brasão que teve a seguinte alteração: voltou o resplendor à cruz e, no listel, suprimiram as datas e acrescentaram a frase latina – Unitatem Servavit Patriae Et Fidei – que se traduz: Conservou a Unidade da Pátria e da Fé, Legenda de Ibraim Nobre e do Padre Viotti. Essa legenda reafirma a hipótese de que Ubatuba é o berço da unidade nacional, marcado pelo acontecimento que passou a figurar na história do Brasil com o título de PAZ DE IPEROIG. Isso ocorreu em 1563, quando José de Anchieta conseguiu o acordo de paz entre as 5 tribos tupinambá, que formaram a Confederação dos Tamoio, portugueses e as tribos Tupinambá do Rio de Janeiro aliadas dos franceses de Villegaignon.

Pois se os calvinistas franceses tivessem permanecido aqui, as lutas religiosas que então se processavam na Europa, teriam se transportado para cá, e consequentemente, o Brasil seria dividido em três regiões: a do sul e norte, católicos e de língua portuguesa e no centro calvinistas e língua francesa.

A bandeira de Ubatuba

Criada pelo Decreto nº174, de 19 de outubro de 1968, a bandeira da Estância Balneária de Ubatuba obedece às mesmas proporções oficiais de Bandeira Nacional. Suas cores são bláu (azul) e prata (branco), listradas 13 vezes alternadamente, cantonadas de góles (vermelho), tendo no centro deste a Cruz Flamejante. Tem como fonte de inspiração a Bandeira do Estado de São Paulo, do qual Ubatuba, município dos mais antigos, orgulha-se de ser parte integrante. As cores da bandeira simbolizam, segundo o Decreto nº174:
As azuis: a sabedoria, a lealdade e a clareza, e lembram também as águas que banham a orla do município; As brancas: a beleza, a alegria, a vitória e a pureza; O vermelho: a grandeza, audácia e bravura de seus habitantes; 
A Cruz Flamejante é o símbolo cristão da Exaltação da Santa Cruz e simboliza justiça, fé força e constância, além de ter relação com o primeiro nome da cidade.

Acompanhe toda terça-feira, as 19h as Sessões da Câmara Municipal de Ubatuba de forma presencial ou online, participe!

Fale conosco

Rua Antônio Marques do Vale, nº250, Silop – Ubatuba/SP – CEP: 11690-604

© 2024 Câmara Municipal de Ubatuba - Todos os direitos reservados

Pular para o conteúdo