Com a retirada de um projeto do Executivo e o adiamento de outro por quatro semanas, a sessão da Câmara desta terça-feira (30/04) focou na homenagem aos 50 anos da fundação da Escola Tancredo Neves, a comemorar-se no próximo dia 6 de maio, em uma moção apresentada pelo Vereador Reginaldo Bibi (MDB).
O diretor da escola, professor Jairo Bento Rodrigues, falando da Tribuna, resumiu o histórico da escola lembrando que ela foi uma ideia ou proposta de jovens estudantes que perceberam a carência de uma escola técnica em Ubatuba. Os pioneiros procuraram o Prefeito da época, Ciccillo Matarazzo, que logo abraçou a causa, elegendo uma comissão com seis jovens para detalhar o projeto em 1968.
“Em 6 de maio do ano seguinte, a escola começou a funcionar inicialmente com 30 alunos”, detalhou o diretor. Hoje temos mais de 1.300. Assim, segundo o diretor, “no próximo dia 6 estaremos comemorando nosso Jubileu de Ouro, pelo que temos que agradecer a esses jovens pioneiros que sonharam com a escola e também ao proponente desta homenagem. Muito obrigado em nome dos professores e também dos alunos, nosso maior patrimônio”.
O diretor adiantou que a direção está projetando a implantação de uma Escola Técnica de Máquinas Navais e, quem sabe, mais à frente, uma Escola de Engenharia Naval.
Segundo o Vereador Bibi (MDB), “ a escola é tida como de excelência na área técnica, não só pelo projeto Ubatuba Sat que colocou Ubatuba no cenário internacional. Hoje ela é sonho de todo estudante, cursar a Tancredo”.
Projeto Satélite – Alunos da escola desenvolveram há três anos um projeto pioneiro no Brasil de construção e lançamento no espaço do Tancredo-1, um micro satélite ou tube-sat, com apoio na plataforma picosat feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A ideia foi do professor de matemática Cândido Oswaldo de Moura, inspirado em uma reportagem sobre os “TubeSats” que são kits para construir “satélites pessoais” desenvolvidos pela empresa Interorbital Systems, dos Estados Unidos.
Para colocar o projeto em prática, o educador contou sempre com o apoio do Inpe envolvendo depois outros professores da escola para receber treinamento e poder supervisionar os alunos. O material para a construção do satélite foi pago por comerciantes da cidade e seu lançamento obtido mediante apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O lançamento foi provido pela empresa italiana Gaussi Srl e pela Agência Espacial Brasileira (AEB). O satélite ficou dez meses no espaço, em órbita da Terra e reentrou na atmosfera em 18 de outubro de 2017.