SESSÃO AGITADA QUESTIONA COMPRA DO PRÉDIO DA UNITAU E APROVA REPOSIÇÃO DE 5,85 %
A segunda sessão de 2013 da Câmara de Ubatuba mostrou que o ano legislativo começou efetivamente nesta semana: foi agitada, com debates acalorados centrados no questionamento em torno da intenção de compra do prédio da Unitau como nova sede da Casa, evidenciando falta de um discurso coeso na base de apoio e com intervenções certeiras dos vereadores veteranos.
Três vetos a propostas de 2012 foram mantidos e apenas o projeto vindo do Executivo foi aprovado, contemplando a tradicional reposição anual de perdas salariais para o funcionalismo municipal em torno de 5,85% a partir de 1º de fevereiro e concessão de abonos escalonados.
O vereador Claudnei (DEM) chamou a atenção para o fato de que a nova Administração “pegou um orçamento em que não houve acréscimo para este reajuste e assim mesmo o prefeito teve coragem de enviar o projeto ultrapassando o teto costumeiro dos 5 % de anos anteriores”.
Uma segunda proposta da Mesa Diretora em torno da ampliação de comissões permanentes da Câmara foi adiada por duas sessões para avaliações. Estão sendo propostas duas novas comissões: Educação, Cultura e Turismo, ideia da vereadora Flávia Pascoal (PDT) e a de Ética e Decoro Parlamentar.
A ânsia de falar gerou atropelos na ordem regimental, com o presidente Eraldo Xibiu (PSDC) tendo trabalho para disciplinar as intervenções. Com uma maioria de vereadores estreantes, coube aos veteranos – Biguá (PSD), Claudnei (DEM) e Silvinho Brandão (PSB) fazer intervenções pontuais recolocando as discussões nos trilhos, cobrando ordem regimental ou contrapondo-se a colocações em debate.
Logo após a leitura do expediente, o vereador Reginaldo Bibi (PT) ocupou a tribuna para uma explanação em torno do abandono em que se encontram as estruturas do antigo cais do porto da Ponta Grossa, defendeu sua municipalização e alertou para a descaracterização da orla do Itaguá, terminando por propor a remoção das velhas tendas da feira de artesanato na praia do Cruzeiro (ver texto). Programado para falar cinco minutos, pediu duas ampliações de tempo.
Santa Casa
Na Tribuna Popular falaram a presidente do Sindicato dos Servidores, Sandra da Silva apoiando –fato inédito- o teto de reposição salarial assinado pelo prefeito Moromizato (PT) e o atual provedor da Santa Casa, Robertson Martins (PP) relatando dificuldades vividas pelo hospital com fluxo de caixa baixo e raios danificando equipamentos.
Ele conclamou a população a reservar itens da compra mensal para ajudar no refeitório do hospital. “Precisamos de ajuda voluntária de pedreiro, pintores, eletricistas para organizar um mutirão porque há reformas ainda por concluir”, relatou. “Temos muita coisa por terminar lá, mudar a maternidade para uma instalação nova, liberando toda uma clínica cirúrgica para podermos realizar uma série de cirurgias eletivas que estão paradas”.