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Entidade abriu casa de acolhida mas precisa de ajuda para manter-se
Eliza Araújo e André Vasquez, da direção da Associação dos Pais do Espectro Autista de Ubatuba – APEAU- ocuparam a Tribuna Popular nesta 20ª sessão (22/06) para lembrar que no último sábado -18/06- foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data criada no Reino Unido como uma celebração da neurodiversidade, visando a reconhecer o potencial inato de todas as pessoas, incluindo aquelas no espectro.
O Dia do Orgulho Autista foi celebrado pela primeira vez em 2005, pelo grupo Aspies for Freedom (AFF), da Inglaterra e rapidamente se tornou um evento global. A data também surgiu para combater estereótipos e visões fatalistas sobre o autismo.
Primeiro a falar, André Vasquez, presidente da entidade, ensina que “o autismo não é um bicho de sete cabeças mas é ainda algo desconhecidos por falta de informações. A APEAU vem realizando trabalho de conscientização, acolhimento e orientação. A data celebra a superação por parte de muitos e muitos autistas”.
Diz que ele mesmo “é autista nível um, de grau leve, existindo ainda o grau moderado e o severo”. Diz que a Associação busca mostrar que “ser autista, ser diferente é normal, quem daqui é igual? O trabalho da APEAU é hoje referência não só para o Litoral Norte mas também para o Estado e até internacional, uma grande luta que começou com a Elisa, com quem tenho orgulho de trabalhar. Hoje ela é presidente de honra, fundadora”.
Espaço Acolher – Elisa Araújo, por sua vez falou que “tinha um pouco de preconceito sobre fixar um dia para lembrar o autismo já que o trabalho de conscientização deve ser permanente. “Cada momento de superação é uma grande vitória, seja uma fala, uma única frase que a criança pronuncia. Estamos há oito anos nessa luta. Tenho orgulho do meu filho, pois foi por ele que iniciamos o grupo”, lembrou.
Elisa informou que agora “temos nosso espaço “Acolher”, à rua Coronel Domiciano, nº 535, frente ao Palace Hotel. Estamos com 150 famílias atendidas e com uma demanda crescente. São pedidos de socorro, de crianças se mutilando, mães em depressão. Perdemos um adolescente e não queremos que isso aconteça novamente”.
“Peço um olhar para essa associação e para nosso espaço Acolher. Precisamos de ajuda para que esse espaço se mantenha. Procura aumentou muito”, enfatizou.
O vereador Júnior Jr. lembrou que “a APEAU é de utilidade pública e isso facilita aos vereadores a busca por patrocínio, numa luta que não é fácil”.
Eugênio Zwibelberg citou que teve participação próxima com Elisa quando atuava no gabinete da Prefeitura, podendo colaborar na criação do símbolo do autismo como prioridade de atendimento em filas. O problema central é a ausência de um incentivo financeiro, outras entidades recebem e nada mais justo que também a APEAU recebe”, cobrou o vereador.
