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FREPAP BUSCA CLÍNICA REGIONAL PARA DROGADOS E MAIOR COMBATE AO TRÁFICO


FREPAP BUSCA CLÍNICA REGIONAL PARA  DROGADOS  E MAIOR COMBATE AO TRÁFICO


 


Em reunião em Ubatuba a Frente de  vereadores do Litoral Norte discutiu ações de prevenção as drogas na região e a necessidade de  tratamento de usuários


 


O avanço das drogas ilícitas na região, a necessidade de atendimento aos usuários e também o fortalecimento em ações de combate à comercialização foi o tema debatido na primeira reunião deste ano da Frente Parlamentar do Litoral Norte Paulista (Frepap-LN), realizada na Câmara Municipal de Ubatuba, no último dia 4 de março. 


Os vereadores decidiram encaminhar duas moções ao Governo do Estado solicitando estudos para a instalação de uma Clínica de Recuperação Regional e uma outra,dirigida á Secretaria estadual de Segurança, pedindo reforço no efetivo policial para ações de combate ao tráfico de drogas na região. 


As moções foram sugeridas pelo secretário-geral da Frepap e vice-presidente da Câmara de Ubatuba, vereador Claudinei Bastos Xavier (DEM), e colocadas em votação pelo presidente da Frepap, vereador de São Sebastião, Marcos Antônio Ferreira Tenório (PSC). Tenório ainda sugeriu a elaboração de uma cartilha, a ser elaborada pela Frente Parlamentar, com dados sobre atendimento, programas realizados em cada município e informações de atendimento aos dependentes químicos. 


Ações efetivas –     O aumento nos números de usuários de drogas, as dificuldades de tratamento diante da falta de clínicas especializadas na região e ações mais efetivas foram apontadas como necessidades urgentes nos municípios do Litoral Norte. 


Ao abrir os trabalhos, o presidente da Câmara de Ubatuba, vereador Benedito Julião (PSB), lamentou a “triste situação das drogas nos bairros, na cidade, com nossos amigos. Sabemos de famílias com crianças menores de 10 anos se drogando. A gente vê essa molecada viciada em crack. O que fazer para tirar os jovens das drogas?”, questionou. 


Julião também comentou que muitos reclamam do uso de drogas até nas quadras de esportes, um local que, segundo ele, deveria contar com pessoas responsáveis pelas crianças. Lamentou a ausência de representante da Secretaria de Ação Social do município na reunião da Frepap. 


            Claudinei Xavier lembrou que as autoridades no assunto e entidades foram convidados para a reunião. “Porém, são poucos os que se interessam. Esse é um problema global, não é de uma cidade, do Estado, é mundial”. 


O vereador lembrou que é importante o trabalho preventivo junto aos jovens e que os tratamentos são a longo  prazo, mas que também “é preciso enfrentar a questão de imediato e tratar de forma repressiva o combate ao tráfico”. 


O vereador por Ubatuba, Reginaldo Fábio de Matos Bibi (PT), frisou que é esta uma “luta desigual”  e que em muitas áreas de grande adensamento populacional não conta com espaços para atividades esportivas que poderiam contribuir para tirar os jovens das ruas. O parlamentar, que atuou na Polícia Militar por 20 anos, citou o trabalho do Programa Educacional de Resistências às Drogas (Proerd), promovido pela Polícia Militar nas escolas, que trabalha  com prevenção, levando  informações aos alunos. 


            A vereadora Flavia Pascoal (PDT), complementou que é importante fazer com que a comunidade se envolva em ações de apoio ao militares do Proerd  pois, muitas vezes, faltam até camisetas, bonés e materiais para trabalhar. 


Já o presidente da Frepap, Marcos Tenório, defendeu uma força tarefa regional, estadual e nacional, com envolvimento de entidades e também dos pais, no combate ao aumento do uso das drogas, através de ações conjunts, não isoladas.


Bebida a menores – Também educadora, Flávia Pascoal lembrou que a violência contra a mulher está, muitas vezes, ligada ao ambiente do uso de drogas e frisou que as leis devem ser cumpridas como a que proíbe a venda de bebida alcoólica a menores. “A sociedade está gritando por socorro, quer uma solução”, disse a vereadora que defendeu o envolvimento de todos em ações mais articuladas. 


Funcionário da Câmara de Ubatuba, o jornalista Marcos Roberto dos Santos, que por 12 anos atuou em educação ambiental e ecoturismo, também acredita que o caminho para enfrentar o problema é pela educação. 


Para Marcos, as escolas deveriam trabalhar a questão das drogas junto aos estudantes da mesma forma como faz em relação à necessidade de uso de preservativos. Em relação às drogas, é preciso “ter respaldo educacional para mostrar a realidade”. 


A vereadora Vilma Teixeira reforçou a importância da educação, mas disse que é essencial a participação da família que deve estar atenta a tudo, a cada passo dos filhos e acompanhar, inclusive, o material didático fornecido pelas escolas. “Com a desestruturação das famílias, os pais perderam autonomia sobre seus filhos. Eles não podem deixar a responsabilidade de educar só com a escola, devem acompanhar as crianças. Essa é uma luta desleal. Não podemos baixar a guarda”. 


 Sobre a questão de atendimento aos dependentes, Vilma lembrou que a Prefeitura de Caraguá desapropriou uma área no Porto Novo para que a Igreja Renascer realizasse um trabalho de atendimento exclusivo às mulheres, mas que acabou fechando por falta de demanda. Além disso, a cidade conta com quatro clínicas,mas apenas uma tem convênio com a  Prefeitura. “O município está avançando nessa questão, mas a demanda é grande”, concluiu. 


O vereador Teimoso explicou que, em São Sebastião, a Secretaria de Saúde mantém atendimento pelas unidades do CAPS e CAPS 1 com acompanhamento aos dependentes químicos. Porém, quando precisam recorrer a tratamentos especializados fora do município, “muitos não dão continuidade por não ter como pagar. Seria muito importante uma clínica para tratamento aqui na região”. 


Costurando a rede – Presidente do Conselho Municipal Sobre Drogas de Ubatuba, Jamilen Fernandes, que também representa a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no conselho, explicou que a função principal do órgão é trabalhar a prevenção e ajudar no tratamento dos dependentes químicos auxiliando, também, os familiares.  


A advogada explicou que o conselho já realizou cursos junto ao Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e órgãos de apoio para capacitação de professores, com a participação e docentes de outras cidades, com a proposta de orientar como atuar na prevenção e detecção do problema junto aos estudantes. 


No entanto, segundo Jamilen, um dos programas mais importantes do conselho é o “Costurando a Rede” que deve envolver todos os setores públicos, privados, instituições e sociedade. “O que vemos hoje são ações isoladas. É preciso criar uma frente, se juntar para costurar essa rede. O ponto principal é prevenir e não combater, Mas fala-se muito e não se consegue colocar em prática”. 


Segundo a advogada, são fundamentais atuações conjuntas entre secretarias municipais de Esportes, Educação, Cultura, Assistência Social, Saúde, fundações como a  Fundart, em Ubatuba, pois seria mais fácil trabalhar na prevenção às drogas. 


“O conselho não cuida da repressão, não faz parte dele”, disse Jamilen lembrando que isso compete às polícias Civil, Militar, Conselhos de Segurança que também precisam das informações e denúncias da comunidade para atuar. 


Ela também defendeu apoio aos que atuam voluntariamente, as entidades que recebem dependentes para tratamento e pediu ajuda ao Legislativo, pois muitas fecharam as portas por estarem com a situação irregular devido à burocracia da legislação. 


Hospital Regional – O tema da Saúde, com foco na construção do Hospital Regional  e as questões apontadas deverão ser debatidas na próxima reunião da Frente Parlamentar prevista para 29 de abril, na Câmara Municipal de Ilhabela, a partir das 15 horas.  


Vice-presidente da Frepap e também da Câmara Municipal de Caraguatatuba, a vereadora Vilma Teixeira de Oliveira  Santos (PSDB) informou que o Hospital Regional será construído em Caraguá com recursos do BID.


Tenório falou da importância de sempre cobrar a promessa do governador de construir o Hospital Regional, além da unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, em São Sebastião, aporte de R$ 1,5 milhão para a Santa Casa de Ubatuba e um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), em Ilhabela.