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ENGENHEIRO DIZ QUE ASFALTO POLUI MANANCIAIS E CITA ESTRADAS ROMANAS COMO SUSTENTÁVEIS

Nova direção da Câmara quer resgatar papel da Tribuna Popular, dinamizando-a

O engenheiro geotécnico Samuel Ferreira ocupou a Tribuna Popular na 2º sessão de 2023 para criticar o sistema de asfaltamento de ruas nas cidades por apresentar problemas sérios em relação à sustentabilidade, atingindo lençol freático com emulsões tóxicas do betume.

A fala do engenheiro vem de encontro a projeto da nova Presidência da Câmara, vereador Eugênio Zwibelberg, para resgatar o papel da participação democrática de munícipes na Tribuna Popular, para debate de assunto que, direta ou indiretamente, represente interesses da comunidade, dinamizando-a. Como instrumento de participação, ela tornou-se repetitiva seja em participantes, seja no conteúdo dos temas abordados.

Atuando na área de projetos geotécnicos -fundação, contenção e estabilidade de taludes- e com interesse nas áreas de estrutura e geotecnia tanto em obras quanto em projetos, o engenheiro diz que “praticamente em todas as sessões os vereadores abordam a questão da pavimentação e operação tapa-buracos em Ubatuba. Mas, as vias de Ubatuba não possuem camadas de dreno no subsolo. Ora, as vias não são estáticas mas sim, dinâmicas, principalmente pela pressão dos veículos.”

AS ETERNAS ESTRADAS ROMANAS – “Se as vias são dinâmicas”, prossegue Samuel Ferreira, “a mobilidade do solo deve então ter estruturas próprias para ter essa durabilidade, que são as camadas de dreno no subsolo. Precisamos adequar as vias para que sejam duráveis. Não aprendemos a lição histórica dos romanos”.
2 mil anos: construção em camadas de drenagem no subsolo

Para ele é necessário adequar as ruas para que sejam duráveis. Assim, ele cita o exemplo das estradas do antigo Império Romano com quem temos que aprender. “A pavimentação nos veio do Império Romano e um dos critérios técnicos deles foi exatamente o critério de camadas de subsolo, colocando rachões, areia, pedriscos (drenos) para que pudesse durar. E duram até hoje, 2 ou 3 mil anos depois”.

Segundo o engenheiro geotécnico, “o asfalto tem problema sério: ele carrega betume que é altamente tóxico por conter compostos químicos como elevado teor de enxofre e metais pesados como chumbo, mercúrio, arsênio entre outros.
E todo esse material vai intoxicar nosso lençol freático!.

PERPETUIDADE DAS PEDRAS – Então, pergunta ele, “como manejar essa questão da manutenção das vias para que ela seja de fato sustentável?. E responde: Sim, temos a perpetuidade das pedras do Império Romano lembrando que antigamente o centro inteiro de Ubatuba era calçado com paralelepípedos, com pedra e pedra é perpétua, e pede baixo custo de manutenção. Asfalto custa caro. Temos que reduzir gradualmente o asfalto em vias que não são necessariamente expressas. Bairros não precisam de asfalto”, raciocina.
Ruas são dinâmicas, não estáticas: as diversas camadas drenam e absorvem trepidações

E prossegue: “Sim, o bloquete é também uma das opções mas tem uma vida útil curta. A durabilidade do asfalto é de 10 anos, é muito pouco. Temos que adequar as vias de Ubatuba ao seu passado, aprendendo a lição dos romanos”, concluiu.

O vereador Júnior Jr, antes de iniciar a discussão dos projetos, parabeniza o pronunciamento de Samuel Ferreira e diz que planejamento é tudo e que só colocar bloquete não vai adiantar pois precisamos pensar no sistema de drenagens.”