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JAGUNÇOS ARMADOS INFERNIZAM COMUNIDADE TRADICIONAL DO UBATUMIRIM

 

Moradores vieram em peso na Câmara para denunciar atos de violência e terrorismo

Lideranças do Ubatumirim, comunidade tradicional  isolada na zona norte de Ubatuba, representados na Tribuna Popular por Juarez Barbosa Pimenta, denunciaram a presença de “grileiros, protegidos por jagunços armados, praticando violências e conflitos, aterrorizando o bairro com armas brancas e armas de fogo e invadindo propriedades. Viemos aqui para dizer que estamos vivos”, desabafou.

Portando faixas com pedidos de socorro, os moradores postaram-se de pé para ouvir o relato de Juarez informando os vereadores que “há mais ou menos um ano, grileiros de Taubaté vem aterrorizando o bairro, fortemente armados com armas brancas e armas de fogo. Esse grupo invadiu uma propriedade de família caiçara que reside ali há mais de um século. E mais: Há policiais em folga dando segurança a esses grileiros. Fizemos boletins de ocorrência”.

Juarez narrou que “agora, há poucos dias, em 31 de agosto, esse grupo invadiu essa propriedade, dizendo-se acompanhados por policiais. Houve vários disparos. Todos foram encaminhados à delegacia. Uma senhora portadora de deficiência, especial, ficou perdida na situação. Mas no domingo,  fomos surpreendidos por reportagem da TV Vanguarda ou G1 a informar que um morador foi preso por trocar tiros com a polícia. Mas eles não estavam ali como policiais, estavam de folga dando apoio aos grileiros”, denunciou Juarez.

Povo ordeiro – O porta-voz dos caiçaras do Ubatumirim disse que “nós, moradores, viemos pedir aos vereadores que olhem com carinho para essa situação. Esse grupo sempre vem perturbar a comunidade. Como comunidade isolada não temos a presença da Polícia, até a Polícia chegar lá leva tempo. Por isso nos unimos e estamos todos aqui para pedir que essa Casa vote leis que levem segurança para funcionar também para nós.”

Juarez disse que na comunidade há comércio, pessoas possuem camping, chalés de aluguel. Estamos desesperados. A matéria que foi publicada na Vanguarda não era real. Somos povo ordeiro, queremos ser bem recebidos para receber bem e esse tipo de pessoas, desse nível, não condiz com o perfil da nossa comunidade. Não recebemos ninguém com bala, mas com café e carinho, e de braços abertos. É um desabafo da comunidade, clamando por socorro. Somos contribuintes”, finalizou.

Na sequência todos os vereadores se pronunciaram em defesa da comunidade, comprometendo-se a levar o problema ao comando da Polícia Militar, na pessoa do Capitão Robert Scott Neill e à Polícia Civil, pedindo ou uma base comunitária na região norte ou ronda com viatura passando pelo menos uma vez por dia por lá, além de enviar requerimentos ao Prefeito pedindo maior fiscalização em toda aquela região.

Tempos de bang-bang –   O Vereador Junior JR (PODEMOS) relatou que esteve na comunidade quando da implantação de barreira de acesso a área de praia com toras de madeira e também foi ameaçado na ocasião. “É inadmissível nos dias de hoje a existência de jaguncismo, coronelismo, pessoas querendo apropriar-se de terras de comunidade tradicional. Fomos sim, ameaçados”. O vereador criticou também a versão apresentada pela TV Vanguarda de que  foram os moradores que reagiram à polícia.

Junior sugere a instalação de uma base comunitária da PM por lá, “uma região esquecida em muitos detalhes. Assim como temos base comunitária da PM na região sul, na região Oeste e na região central, por quê a  região norte sempre foi esquecida?  Se faz necessária uma presença mais ostensiva de aparato de segurança por lá. Temos que ter uma ação conjunta envolvendo Prefeitura, Câmara e PM para buscarmos um espaço físico para essa base”.

O Vereador Reginaldo Bibi (MDB)  declarou conhecer o depoente como pessoa de boa índole. Prometeu “como policial aposentado, ir ao quartel da Policia Militar para ter maior conhecimento sobre os fatos. Não sou conivente com os atos que ocorreram no local, há inquérito. A Corregedoria da PM nesses assuntos é implacável e podem ter certeza que serão punidos”.

Bibi disse desconhecer “quem foi lá, sou amigo de todos, mas não podemos passar a mão na cabeça de ninguém. A PM não é assim. A atitude de um ou outro não reflete toda a corporação. Capitão Scott não é de passar a mão também. Há inquérito da corregedoria e outro na Polícia Civil sobre  os fatos ocorridos no local”.

O Vereador Adão Pereira (PCdoB) reconheceu que “não  é a primeira vez que isso acontece. Se alguém se diz dono de terra que venha com documento, com escritura, mas não venha com revólver”. Ele sugere que “ pelo menos uma viatura passe pelo menos uma vez por dia até no fim da região norte, até o Camburi para uma ronda diária. Já seria um grande ganho para a população de lá. Acabaram-se os tempos de bang-bang”.

Patrulha ambiental – O Vereador Claudnei Xavier (PSDB), também ele ex-policial ambiental, disse que compartilha a posição de Bibi dizendo que em todo grupo “sempre tem um ou outro que desvirtua ou desmoraliza o todo, mas há que se tirar as frutas podres do cesto”. Ele relatou que em seu tempo de policial havia ronda ambiental, ele fazia por lá inspeções com patrulha de rotina e podia compartilhar da vida da comunidade . À época havia recursos e hoje o Presidente quer rejeitar ajuda internacional para o meio ambiente. Não compartilho dessa posição. Temos 100 km de costa para patrulhar”.

Ele sugeriu um requerimento ao Prefeito pedindo “maior fiscalização em toda aquela região pra coibir tais invasões, entrar com reintegração de posse, se é área pública, para começarmos a moralizar isso”.

Ricardo Côrtes (PSC)  também concordou que “é urgente resolver isso, estamos cansados de ouvir esses relatos sobre escrituras falsas, invasões, jagunços  protegendo, comércio de droga invadindo. A população está sempre a mercê desses maus elementos. Há conglomerados imobiliários com interesse no município, mas  não estamos na Amazônia. Isso não pode acontecer. Há terras ali do Incra e da União sendo invadidas. Está na hora dos cartórios fazerem fiscalização. Não é só colocar Polícia.

O Vereador Rochinha do Basquete (PTB) informou que em seu gabinete já foi procurado também por moradores da Almada, do Cedro com os mesmos relatos de invasões e violências, ambulantes”.

Manuel Marques (PT) também defendeu uma Base Comunitária na região.

Falando por último, como Presidente da Mesa, o Vereador Silvinho Brandão (PSDB) ratificou “o que cada vereador disse, elogiou a atuação do comando da PM em Ubatuba, Capitão Scott, que a gente percebe ser gente de bem com uma visão diferenciada sobre o papel da PM”. Silvinho propôs montar uma comissão com a presença de Juarez Pimenta para a busca de soluções, para apurar responsabilidades e punir com o rigor da lei”.